MEDITAÇÃO PARA O OITAVO DIA
“A VOCAÇÃO DE MOISÉS” – Ex 3,1-12
Com a história de Moisés se abre um novo período na vida do povo de Deus.
Da experiência de intimidade e liberdade vivida pelos Patriarcas de Abraão até Jacó, o povo de Deus passa agora por uma sofrida época de escravidão. Introduzidos por José no país do Egito e em um primeiro tempo tratados com respeito e distinção, os Hebreus aos poucos vêem reduzidas suas liberdades até o ponto de negada toda e qualquer expressão, passarem á mais completa escravidão.
Aqui, em um espaço de pura quotidianidade, Deus irrompe na história transformando-a segundo a sua pedagogia.
O “herói” em questão não é um valoroso soldado ou um poderoso sacerdote; mas um homem frágil, que embora criado no meio da realeza, vê na crise da própria identidade o momento de passar a um espaço de maior intimidade com Deus.
A vida de Moisés, não obstante ser conhecido no Antigo Testamento como “o amigo de Deus”, não o exonera da dura realidade de dever também ele dar seus passos, meio cambaleantes, em direção à verdade divina.
Uma vocação como a nossa, cheia de altos e baixos, de profundos encontros com o mistério, mas também cheia de tanto silêncio e incompreensão. E não obstante tudo, não se pode dizer que Moisés não foi sumamente amado por Deus. O interlocutor privilegiado, o mediador ante literam; para os Padres da Igreja, a prefiguração da única e eterna mediação de Jesus Cristo.
Quanto Moisés tem para nos ensinar! A confiança diante do mistério da sarça ardente; a capacidade de dialogar e estabelecer comunhão entre partes tão distantes quanto Deus e o povo de Israel na intrincada realidade dos fatos de então.
A própria vocação de íntima união com a história de seu povo levada ao extremo de, ele, o condutor, não poder colocar os pés na terra prometida, mas somente vislumbrá-la.
Uma história talvez tão nossa, que toca a própria consagração naquilo que é o seu efeito mais doloroso: abandonar conscientemente o meu projeto existencial, tão acalentado, para abraçar por toda a minha história aquele de Deus.
Um qualquer coisa de único, misterioso, divino.
Pe. Valdo
“A VOCAÇÃO DE MOISÉS” – Ex 3,1-12
Com a história de Moisés se abre um novo período na vida do povo de Deus.
Da experiência de intimidade e liberdade vivida pelos Patriarcas de Abraão até Jacó, o povo de Deus passa agora por uma sofrida época de escravidão. Introduzidos por José no país do Egito e em um primeiro tempo tratados com respeito e distinção, os Hebreus aos poucos vêem reduzidas suas liberdades até o ponto de negada toda e qualquer expressão, passarem á mais completa escravidão.
Aqui, em um espaço de pura quotidianidade, Deus irrompe na história transformando-a segundo a sua pedagogia.
O “herói” em questão não é um valoroso soldado ou um poderoso sacerdote; mas um homem frágil, que embora criado no meio da realeza, vê na crise da própria identidade o momento de passar a um espaço de maior intimidade com Deus.
A vida de Moisés, não obstante ser conhecido no Antigo Testamento como “o amigo de Deus”, não o exonera da dura realidade de dever também ele dar seus passos, meio cambaleantes, em direção à verdade divina.
Uma vocação como a nossa, cheia de altos e baixos, de profundos encontros com o mistério, mas também cheia de tanto silêncio e incompreensão. E não obstante tudo, não se pode dizer que Moisés não foi sumamente amado por Deus. O interlocutor privilegiado, o mediador ante literam; para os Padres da Igreja, a prefiguração da única e eterna mediação de Jesus Cristo.
Quanto Moisés tem para nos ensinar! A confiança diante do mistério da sarça ardente; a capacidade de dialogar e estabelecer comunhão entre partes tão distantes quanto Deus e o povo de Israel na intrincada realidade dos fatos de então.
A própria vocação de íntima união com a história de seu povo levada ao extremo de, ele, o condutor, não poder colocar os pés na terra prometida, mas somente vislumbrá-la.
Uma história talvez tão nossa, que toca a própria consagração naquilo que é o seu efeito mais doloroso: abandonar conscientemente o meu projeto existencial, tão acalentado, para abraçar por toda a minha história aquele de Deus.
Um qualquer coisa de único, misterioso, divino.
Pe. Valdo
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