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Informativo dos Filhos de Sant'Ana

29/07/2010

Jovens e já cientistas premiados



Amanhã dois vencedores do Prêmio Jovem Cientista vão apresentar, durante, 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), os projetos premiados, além de falarem sobre a continuaidade de suas pesquisas e de como essa conquista refletiu nas suas vidas acadêmicas.

Um dos vencedores é o potiguar Jarbas Batista Silva de Araújo, 20 anos, que em 2006 conseguiu o segundo lugar na categoria Estudante de Ensino Médio com o trabalho ‘Fogão Solar: uma Alternativa para Sustentabilidade da Biodiversidade’. No trabalho, ele encontrou uma solução de baixo custo e ecologicamente correta para auxiliar no preparo da merenda dos alunos da Escola Estadual Dom Nivaldo Monte, em Parnamirim.

“Na época, apenas uma parte dos alunos recebia merenda, pois os recursos não eram suficientes para oferecer o lanche a todos. Foi quando tive a ideia de fazer o fogão solar. Com o dinheiro da economia do gás, a direção da escola conseguiu comprar merenda para todos os alunos”, explicou Jarbas.

Atualmente, o fogão solar não está sendo utilizado porque precisa ser ampliado. Mas o jovem cientista já está estudando uma maneira de resolver o problema. “Como não pertenço mais a escola, existe uma certa burocracia, é preciso autorização da diretoria, mas já estamos vendo isso”, disse Jarbas, que foi o primeiro – e até agora único – potiguar a ganhar o prêmio PJC.

A ideia de Jarbas foi tão boa que uma empresa quis comprar o projeto do fogão solar, mas na época não vendeu porque ainda precisava fazer algumas alterações. Depois disso ninguém mais o procurou. “O projeto é comercial com certeza e o melhor, com baixo custo. Na época, o fogão custou cerca de R$80,00”, disse.

Além dele, a mineira Terezinha Cristina da Costa Rocha, 26 anos, também vai apresentar o seu projeto vencedor. Ela foi contemplada com o primeiro lugar do Prêmio Jovem Cientista na categoria Estudante de Ensino Superior em 2008. Sua pesquisa foi “Dicionário Temático da Língua Brasileira de Sinais: A criação de Sinais Específicos da Filosofia”.

“A língua de sinais não alcançava todo o vocabulário da disciplina de Filosofia, que hoje é obrigatória, no currículo escolar. Hoje conseguimos suprir essa necessidade, pois o dicionário conta com 300 sinais que ‘interpretam’ o conteúdo da Filosofia”, disse Terezinha.

Ainda segundo ela, a reitoria da PUC Minas está em negociação com o MEC para que este material seja distribuido gratuitamente para todas as instituições de Ensino Médio e Superior do país.

http://tribunadonorte.com.br/noticia/jovens-e-ja-cientistas-premiados/155257

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