José fugiu para o Egito
Evangelho:
Mt 2,13-15
Reflexão:
Segundo os evangelistas Mateus e Lucas, Jesus nasceu quando Herodes, o Grande, era rei da Judéia. Herodes não era bem visto pelo povo, e as críticas referiam-se às origens estrangeiras do rei (seu pai era idumeu, sua mãe um princesa árabe) e sua descendência de Roma, que apoiou sua subida ao trono por ele ser submisso. Em seu governo, Herodes mostrou-se pouco preocupado com á fé e a história do povo, combatendo as tentativas de oposição com brutalidade.
As esperanças proféticas ligadas ao nascimento de um novo rei que firmasse se poder sobre o direito e a justiça naturalmente precisavam desafiar o reino da violência e da injustiça.
José sentiu o drama da perseguição e levou o menino Jesus para o Egito. Para um Israelita, o Egito é um lugar simbólico. Trata-se do berço da história e da fé do povo de Israel. Lá, os antepassados tinham vivido como escravos. Mas, sobretudo, tiveram a experiência de um Deus que escutou seus gritos. Libertando-os de seus opressores, Deus escolheu o povo oprimido como seu filho. Foi com as palavras do profeta Oseías que Mateus lembrou essa fé: do Egito chamei meu filho.
José levou Jesus às origens da história e da fé de seu povo, a fim de que o Deus do êxodo se revelasse novamente como libertador.
Oração:
São José, tu sentiste a brutalidade de Herodes. Tu foste protetor de uma criança inocente. Tu levaste o menino Jesus às origens da fé do seu povo. Fé num Deus que escuta o grito dos oprimidos. Fé num Deus libertador. Sê o intercessor de todos os refugiados. Amém.
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