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Informativo dos Filhos de Sant'Ana

01/04/2010

Reflexões para a Semana Santa II


Quarta-feira da Semana Santa

À medida que chegamos ao limiar dos Mistérios da Páscoa, deveríamos fazer uma avaliação sobre o que a Quaresma significou para nós este ano e refletir se nos preparou para entender com mais profundidade os significados que novamente vamos explorar. Para nos aprofundarmos mais no significado, precisamos deixar de lado nossa descrença e nos abrir para a nossa experiência, até mesmo – na verdade, especialmente – quando a nossa experiência parece incompreensível.

Existe um plano ou um padrão no cosmos em que Cristo forma um ponto de convergência e Iluminação central? São Irineu chama isso de “Recapitulação” de todas as coisas em Cristo significando um resumo, repetição e correção de tudo o que existe e que acontece “em Cristo”. Mas antes que a visão do todo em escala cósmica entre em foco precisamos de algum modo responder essa pergunta desde a perspectiva da nossa própria vida. Esperamos que a Quaresma nos tenha tornado mais sensíveis para esse nível de verdade e de auto-conhecimento.

Laurence Freeman OSB

Tradução: Mónica Baña Alvarez


Terça-feira da Semana Santa

‘Um de vocês me trairá’. As palavras de Jesus envolveram Seus discípulos em um calafrio, e eles queriam saber quem seria. Isto significa que cada um suspeitava que talvez fossem capazes de traí-Lo. Se nós temos o potencial de partilhar a bondade da glória de Deus, a capacidade de sermos divinizados, nós também temos o potencial de desperdiçá-la. A luta para permanecer no caminho do crescimento positivo é contínua. Tão logo nos tornamos complacentes ou mudamos da graça para o perfeccionismo, a lenta integração e iluminação de nosso lado sombrio se interrompe. Todos sabemos – em momentos de depressão ou raiva ao longo do dia – quão facilmente o lado sombrio pode dominar. Confiar na nossa capacidade de saber e reconhecer isto – permanecendo focados na pura consciência – reverte esse ocasional colapso e até se transforma em progresso positivo. Ultimamente, não temos que temer nem mesmo nossa pior capacidade de negação e traição a nós mesmos. Onde há pecado, a graça cresce e fatalmente nos inunda ainda mais.

Laurence Freeman

Tradução: Marcia Orantas

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