INforme fsa

Informativo dos Filhos de Sant'Ana

23/05/2011

O símbolo da Cruz


A cruz, fiel comparação à árvore da vida, nos é apresentada no primeiro capítulo do livro do Anselm Grün - A CRUZ - como sinal de salvação para o cristão, mesmo em meio ao escândalo que ela significava. Na história da humanidade, a cruz era apresentada em diversos sentidos. Para os Judeus, a cruz era o sinal de condenação e em Jesus Cristo ela ganha um novo sentido, não como sinal de condenação, mas como sinal visível de salvação, devido sua ressurreição. A cruz então é ravelada como vitória para aqueles que aderem a esse novo seguimento. Seguimento este, que leva o homem a integrar-se com ele mesmo pela ligação que a cruz faz entre céu e terra, imagem do homem redimido no horizonte da vida eterna. Eis o novo sentido da árvore da vida!
A cruz, para nós cristãos, deve transcender o simples gesto e alcançar, na condição de vida um posto de adesão. O cristão deve assumir a cruz, como nos fala Crisóstomo:"...Crucifica-te a ti mesmo; mesmo quando ninguém te crucifica..." e ele vai além"...se amas teu Senhor, então morre a mesma morte que Ele". Ou seja, o cristão imita o seu Senhor na configuração da cruz, isto é, as situações que a vida nos apresenta como possibilidades de superação.
"Não tenhamos vergonha de confessar nossa pertença ao Crucificado!"

Ir. Adriano Antonio e Ir. Jarbas Batista.


- Deixo como reflexão:

Por que nós cristãos, que somos autênticos imitadores de cristo, fugimos tanto das realidades de cruz?




10 comentários:

Parabéns Adriano e Jarbas pela síntese e reflexão.
De fato, nós cristãos, sobretudo nos tempos de hoje, temos a tendência de fugir da cruz (realidades de sofrimento). Talvez pela mentalidade hodierna de que o prazer deve ser buscado acima de tudo e, tudo aquilo que cause desprazer, sofrimento seja abominado. Madre Rosa já havia dito: "Quem não quer sofrer, nâo quer amar". Não é que nós devemos buscar o sofrimento pelo sofrimento. isso seria masoquismo. Mas o amor nos faz sofrer. Uma mãe que ama seus filhos é capaz de perder noites em claro por causa deles; um pai que ama seus filhos é capaz se sacrificar, trabalhar duro para dar sustento aos seus rebentos; um amigo que ama outro é capaz de dar a vida por ele. Perder noites em claro, trabalhar duro, dar a vida é o sofrimento causado pelo amor, e isso Jesus experimentou profundamente em sua vida: "Tendo amado os seus que estavam no mundo amou-os até o fim (Jo 13). É nesta dinâmica do amor que o cristão deve inserir-se, na busca da santidade, acolhendo os sofrimentos (as cruzes) inerentes à sua condição de discípulo do amor. Para isso o cristo deve superar o egoísmo, o individualismo, a falta de perdão e estar disposto a perder a sua vida pelo amor de Deus.

Pe. Magno Jales
 
Humhum, as reflexões prometem!
Mas acredito que um característica que nos impede de encarar a cruz como sinal de redenção, é pq nos acomodamos ao sofrimento. Para nós, a dor da cruz, a mal imagem do Cristo sofredor é mais impactante. Não conseguimos ver além de tudo o que envolve a cruz,afinal a verdadeira mensagem está oculta à imagem do madeiro.
Na verdade carregamos uma herança dos apóstolos: Eles viveram com Cristo e sabiam que Ele iria ressuscitar. Mas o que foi que aconteceu? Mesmo vendo o túmulo vazio?
Infelismente ainda é assim conosco! é por isso que temos tanto medo da cruz, e fugimos dela...

Ir. Jarbson Batista
 
As imagens falam mais que mil palavras.
Vejam como o cristão deve carregar a sua cruz.
Basta copiar o link abaixo e colar no navegador.

http://url20.ca/4vd
 
É interessante poder conpartilhar com vocês as situações que nos faz denominá-la cruz. Digo que é bem mais fácil nem pensar em cruz. E a isso já foi bem explicado nos comentários anteriores. Tantas vezes o que predomina em nós, é a não observação de que determinada situação, não tão boa, é de fato cruz. Aí nem fazemos nosso compromisso de cristãos que é ver no nosso sofrimento a cruz de Cristo. Com isso não crescemos; não rezamos com a situação; não amenizamos o nosso ego inflamado. Esquecendo assim que só há a possibilidade do TERCEIRO DIA, depois das provações, depois da cruz. E a isso se caracteriza como maturidade e desejo de ascensão. Para isso peçamos forças a quem bem soube carregar a sua cruz: Cristo nosso Senhor.

Ir Adriano.
 
Ir. Tállison!

Em primeiro lugar, parabéns aos irmãos pela belissima reflexão posta no blog fsa.
Indubitavelmente, nós cristãos não temos a coragem de transcendermos ao real sentido da cruz, por isso, preferimos fugir da cruz daquilo que nos remete a sofrimento,é bem verdade que vivemos num sociedade marcada pelas dores, morte...Mas, tuda essa realidade pode ser transformada se dermos um sentido.

Portanto, aos cristãos: A cruz não implica somente morte sendo um simbolo ela vai mais além, ela também, é sinal de vida.
 
É verdade Ir. Jarbson!
Carregamos a herança dos Apostolos...

Eu acho que o fato é que não queremos passar pela cruz, ou melhor - no contexto do livro - atravessar o jardim da vida, onde estão nossas manifestações frageis, para poder chegar ao centro onde estar a árvore da vida, ou seja, a Cruz.
É doloroso, mas tem que ser assim!
O Anselmo disse que o homem encontra a sua verdadeira imagem na cruz, pela ligação que ela faz entre terra - imagem do homem pecador - e o céu - imagem do homem redimido.Corramos a encontro da nossa imagem redimida.

Jarbson, isso tem tudo a ver com o Canto da Irias - Shalom, vamos reescrevê-lo? rs rs
 
Ir. Tálisson, profunda sua reflexão!
Chega me emocionei. Sem contar que tive que usar o dicionário para entender suas colocações, com palavras tão rebuscadas. rs rs
 
Carreguemos então, irmãos, a nossa cruz! Cada qual na sua realidade e singularidade, mas que cruz é sempre cruz. E é necessário muita paciência e coragem. Força!!!!!
 
Madre Rosa diz: "É belo adorar a cruz, mas chegou a hora de subir nela e ser crucificado". Ela compreendeu o sentido da cruz, não como aniquilamento, mas como identificação com Cristo pobre, como participação nos sofrimentos de cristo.

Pe. Magno
 
Pe. Magno o sr. tem razão: A nossa cara Madre Rosa entendeu muito bem isso. Nós temos o exemplo vivo da personificação do texto. Se a tivermos como exemplo....