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Informativo dos Filhos de Sant'Ana

30/06/2010

Meditação de Sant'Ana - VI


MEDITAÇÃO PARA O SEXTO DIA
“A FÉ DE ABRAÃO” – Gn 15,1-6


Podemos afirmar que o conceito que perpassa a inteira Palavra de Deus, cimentando-a, ou seja, servindo de ligação entre as diversas histórias com seus personagens seja o conceito de “aliança”. Compreendida como “disposição” divina que busca estabelecer uma relação de profunda comunhão com o ser humano. Da parte do Senhor temos através do dom da fé, transmitida a nós pelo sacramento do Batismo, a compreensão de que Ele faz aliança conosco uma vez para sempre.
Da nossa parte porém, nos damos muito cedo conta da nossa fragilidade. A fé como dom é inalienável. Mas como compreensão dos conteúdos e verdades propostas a nós pela virtude da religião, muitas vezes deixa a desejar.
Na pessoa de Abraão, todos nós nos encontramos. Ele é o “Pai na fé”; mas isto não faz dele uma criatura que nunca tenha duvidado. A sua confiança no poder de Deus é o pano de fundo no qual se desenvolve toda a compreensão daquilo que será a dialética da salvação. Confia, mas constantemente solicita novas “provas”.
Se trata de um paradoxo? De princípio não; pois o dom da fé pressupõe um espaço de dúvida e aperfeiçoamento contínuo do acreditar. Uma fé puramente baseada na sensibilidade é frágil e inconsistente. Uma fé adulta se mede próprio na liberdade de ousar pedir ulteriores confirmações, firme permanecendo aquela íntima certeza de que, além da compreensão da nossa humana razão: para Deus nada é impossível.
Visualizando a história de Abraão, assim como aquela de nossos progenitores Ana e Joaquim, ainda que em chave de literatura apócrifa, nos damos conta que a fé cresce próprio nos momentos em que vem posta à prova. A fidelidade divina confirma-nos que o Senhor busca sempre vir encontro, segundo a sua pedagogia, a nós para que, mesmo sendo posta à prova, não nos venha a faltar o sustento desta virtude teologal.

Pe. Valdo

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