Depois de termos vivido intensamente o tempo de preparação às promessas perpétuas de nosso Irmão Antônio e renovação de Junioristas, os Noviços e eu, acompanhados pelo ir. Fábio Costa, fomos participar da Festa de Sant’Ana, patrona principal da Diocese de Caicó (RN).
Um tempo, julgo, muito necessário em vista de uma busca de conhecimento sempre mais pleno a respeito de Sant’Ana nossa patrona. Participar da festa no seu âmbito religioso e civil ajudou-nos a perceber a fé viva e atuante do nosso povo. Nas confissões, celebrações novenárias, Eucaristias e concluindo em grande estilo a Solene Procissão pelas ruas da cidade, constatamos quanto é atuante no espírito do povo caicoense a pessoa da Santa Mãe de Maria Imaculada.
Acostumados a uma visão mais teológica e austera do Mistério da Redenção, entrar no vetusto espaço da religiosidade popular estimulou-nos a uma fé mais “sentida”, e nem por isso menos destacada daquilo que nos ensina o Magistério Eclesial.
Contemplamos nos rostos orantes e piedosos de homens, mulheres, adultos e jovens o desejo de aproximar-se de Deus através da Mãe Sant’Ana, a mulher forte de que nos fala o livro dos Provérbios (31, 10-31). A haurir de suas virtudes a coragem necessária para vencer os obstáculos que poderiam querer impedir uma intimidade maior com o Deus Uno e Trino. A amabilidade com que é invocada a esposa de São Joaquim nos coloca diante do resgate daquela intimidade familiar, a nós tanto cara, mas infelizmente, hoje, pouco vivida.
Sant’Ana nos convida a sair daquela letargia espiritual e afetiva que resseca nossos corações. O seu terno olhar, voltado para Maria Santíssima, a ensinar-lhe a Sagrada Escritura mostrando os grandes feitos do Senhor nos estimula a desejar ardentemente estar ali, a “escutá-la”, como fazia Maria, a irmã de Lazaro, aos pés do Redentor. Na ladainha que solenemente se cantava a cada noite na novena, um dos títulos mais bonitos direcionados a ela era justamente “Mão que para Deus aponta”. Pois este é o agir de Sant’Ana. Se Jesus é o Sol de Justiça, Maria Santíssima é a Aurora da Redenção, Sant’Ana é a luz que alumia nossas noites espirituais na certeza de que aquilo que o Onipotente prometeu, Ele cumprirá.
Retornando às nossas atividades, permanece a doce saudade de um tempo de graça, participado com alegria e admiração junto a este povo que tão calorosamente nos acolheu, e por quem nutrimos nas pessoas do Senhor Bispo Dom Delson, do Pe. Edson e Sacerdotes amigos, assim como dos jovens que se mostraram tão solícitos em nos acompanhar, entre Leigos e Seminaristas, profunda estima e consideração.
Que a Mãe Sant’Ana lhes seja companheira fiel, e que a porção da Igreja, denominada Diocese de Caicó possa receber inúmeros benefícios espirituais e materiais por sua poderosa intercessão.
Pe. Valdo, fsa
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