INforme fsa

Informativo dos Filhos de Sant'Ana

30/06/2011

Inauguração da casinha da leitura

Crianças com Daluzinha
Entrada na casa
Benção
Decoração da Casa I
Decoração casa II
Decoração da casa III
Decoração da casa IV
Pe. Magno falando da sua satisfação
Inaugurando...
Pessoas da Comunidade assistindo
Discurso de abertura

Foi inaugurada na Comunidade do Noviciado, em São José de Mipibu - RN a casinha da leitura. Um projeto idealizado pelo Pe. Magno, Noviços e Ana Cristina. Esse projeto visa atender as crianças da comunidade, possibilintado um aprendizado criativo e um estímulo à leitura. A casa era um antigo depósito da comunidade e que agora se transforma em um espaço de aprendizado. O espaço é bem colorido e com uma mobília infantil e educativa.
Que Deus que inspirou este projeto, possa fazer dar frutos concretas, construindo um futuro baseado no conhecimento.

Comunicado da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude

Por Site cnbb.org.br

Caros jovens,
dirigentes adultos e assessores dos Movimentos Eclesiais,
Novas Comunidades,
Pastorais da Juventude,
Congregações

É grande nossa alegria em poder saudá-los neste mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, ainda contagiados pela vibração do tempo pascal, pela solenidade de Pentecostes e Corpus Christi, momentos ricos de fortalecimento da fé e de nosso compromisso eclesial.

O Documento 85 da CNBB - Evangelização da Juventude - destacou a importância da valorização dos diversos grupos que atuam junto aos jovens. A partir de então, temos motivado para que em todas as dioceses se organize o Setor Juventude como um importante espaço de comunhão da riqueza que Deus têm nos proporcionado em vista desta missão.

No encontro com os Bispos Referenciais, realizado em março, após uma longa reflexão e partilha sobre a realidade da juventude nos dezessete regionais da CNBB chegou-se à conclusão da importância de termos uma equipe de Jovens que represente a pluralidade de expressões de trabalho juvenil eclesial em nosso país. Essa coordenação nacional será a referência principal para a pastoral juvenil na Igreja do Brasil e nos representará nas instâncias internacionais, principalmente no CELAM e no Pontifício Conselho para os Leigos. Ela está sendo composta pelos quatro jovens secretários das Pastorais da Juventude, por dois jovens de Movimentos Eclesiais, por dois jovens de Novas Comunidades e por dois jovens ligados às Congregações que possuem este carisma. A sua organização e seu acompanhamento estarão sob a responsabilidade direta dos Assessores Nacionais, Pe. Carlos Sávio e Pe. Toninho.

Para este primeiro grupo foram chamados os seguintes jovens:

• das Novas Comunidades: Diogo Victor Rocha (Shalon) e Adriano Gonçalves (Canção Nova)
• das Congregações Religiosas: Alex Bastos (Franciscanos) e Félix Fernando Siriani (Salesianos)
• das Pastorais da Juventude: Francisco Antonio Crisóstomo de Oliveira (PJ), Monique Cavalcante Benevent (PJE), Eric Souza Moura (PJMP), Josiel Ferreira (PJR)
• dos Movimentos Eclesiais: Renato Conte Rocha (ENS) e Lisiane Griebeler (RCC)

A coordenação terá a responsabilidade de garantir o protagonismo juvenil na organização nacional e o espirito de unidade das diversas expressões de juventude do Brasil. Detalhes da identidade e missão dessa coordenação serão posteriormente delineados. A articulação e as consequentes despesas serão por conta da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude.

Que o amor transbordante e rejuvenescedor do Coração de Jesus abençoe a generosidade das diversas expressões de juventude que têm se colocado generosamente a serviço da Evangelização.

Atenciosamente,

Dom Eduardo Pinheiro da Silva
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude

Pe Carlos Sávio da Costa Ribeiro
Assessor Nacional da CEPJ

Pe Antonio Ramos do Prado
Assessor Nacional da CEPJ

Peregrinação ao Juazeiro do Norte - CE

Por Ir. Jarbson Batista
De Natal - RN

O Pe. Magno Jales partiu hoje junto a um grupo de Lagoa Salgada/RN para a peregrinação à terra do "Padim ciço". Ele foi com mais 20 pessoas de várias idades a pé para Juazeiro do Norte -CE. São mais de 600 KM que serão feitos com caminhadas diárias por 17 dias. Como ele afirmou, será um momento de ascese, coisa que lhe é própria. As pessoas quando foram comunicadas dessa "loucura", perguntavam como ele iria conseguir andar por 17 dias debaixo do sol do sertão? E com seu jeito simples dizia, que nem ele sabia como iria conseguir, mais que uma coisa estava certo: "Quando chegar, contarei as maravilhas dessa penitência". Rezemos para que ele juntamente com os demais peregrinos possam, dessa forma, encontrar uma razão para sua fé e aumentar o amor por Deus.
O INforme estará de olho nessa aventura, e assim que tivermos notícias, postaremos para informar nossos leitores.

29/06/2011

JUNFISA - Junho 2011

Por Ir. Juscimar e Ir. José Ailton
Coordenadores do JUNFISA-BR


O nosso encontro do Junfisa começou na sexta-feira, do 17 dias junho de 2011, no município de Pindoretama –CE, onde estavam reunidos todos os junioristas do Brasil (do Rio Grande do Norte: Natal e São José de Mipibu, e de Fortaleza – CE). Iniciamos nossoencontro fraterno com o Jantar e depois houve a abertura oficial do Junfisa com nosso Formador Pe Magno e algumas palavras de nosso Regional Pe. Fabio, nesta noite fizemos a partilha sobre as postagens do livro A Cruz de Anselm Grün, logo depois o nosso formador apresentou a proposta de estudo para o próximo encontro dos dias 08 a 11 de setembro que será em Natal-RN.

No sábado pela manhã o encontro foi assessorado por Gileno que é graduado em filosofia e mestre em psicologia. O mesmo deu início ao desenvolvimento do tema: sexualidade e afetividade na vida religiosa, no qual apresentou uma breve introdução, em linhas gerais, a respeito do tema abordado; no seu desenvolvimento ele proporcionou dinâmicas, exercícios de autoconhecimento e de auto-cultivo, sempre relacionados ao tema, tendo em vista o amadurecimento pessoal e grupal, através da percepção dos mecanismos do inconsciente, das crenças que criamos de nós mesmo, da constelação de parentesco, que é basicamente os traços que herdamos dos nossos familiares, traços tanto físicos quanto da personalidade.

O positivo do encontro foi a metodologia utilizada, a forma como foi apresentada nos abriu a novas perspectivas de trabalho pessoal para a vivencia em grupo. O assessor, citando exemplos a partir da sua experiência pessoal com relação a vida Consagrada Religiosa, enriqueceu o encontro. Além disso, na noite do sábado tivemos a nossa confraternização junina com: comidas típicas, um bom momento fraterno de diálogo, sorrisos, e principalmente o espírito de Família presente nos Filhos de Sant’Ana. Por fim, no domingo encerramos o encontro com a conclusão e avaliação do tema. Logo em seguida ao meio-dia tivemos o almoço de confraternização.

23/06/2011

"Não há nada de mágico no Cristianismo, nem atalhos", diz Papa

Do site cancaonova.com

''Eucaristia, enquanto une o homem a Cristo, abre-o também aos outros'', afirma Bento XVI na Missa de Corpus Christi

O Papa Bento XVI presidiu a Missa na Solenidade de Corpus Christi na noite desta quinta-feira, 23, na Basílica de São João de Latrão, às 19h (hora de Roma). Logo após o término da Missa, o Pontífice presidiu a Procissão Eucarística que, percorrendo a via Merulana, chegou à Basílica de Santa Maria Maior.

Em sua homilia, o Pontífice recordou que a transformação da qual o mundo tem mais necessidade é aquela que redime pelo interior, abre o interior às dimensões do Reino dos céus. "Não há nada de mágico no Cristianismo. Não existem atalhos, mas tudo passa através da lógica humilde e paciente do grão de trigo que se quebra para dar vida, a lógica da fé que move as montanhas com a força suave de Deus. Por isso Deus quis continuar a renovar a humanidade, a história e o cosmo através dessa cadeia de transformações, da qual a Eucaristia é o sacramento", explicou.


O Bispo de Roma seguiu na esteira das palavras pronunciadas na
Missa in Caena Domini da última Quinta-feira Santa, quando sublinhou que na Eucaristia acontece a transformação dos dons desta terra – o pão e o vinho – destinada a transformar a vida humana e inaugurar assim a transformação do mundo.

"O
Santíssimo Sacramento é levado em procissão pelas ruas da cidade e povoados para manifestar que Cristo ressuscitado caminha em meio a nós e nos guia rumo ao Reino dos céus. Aquilo que Jesus nos deu na intimidade do Cenáculo, hoje o manifestamos abertamente, porque o amor de Cristo não é reservado a alguns, mas é destinado a todos".

O próprio nome dado ao Sacramento do altar, "Eucaristia" – "ação de graças", expressa que a transformação da substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo é fruto do dom que Cristo fez de si mesmo. "Eis porque a Eucaristia é alimento de vida eterna, Pão da vida. [...] Tudo procede de Deus, da onipotência do seu Amor Uno e Trino, encarnado em Jesus. Nesse Amor está imerso o coração de Cristo. [...] De Deus, através de Jesus, até nós: uma única comunhão se transmite na Santa Eucaristia".


Abertura aos outros

Bento XVI recordou que a Eucaristia, enquanto une o homem a Cristo, abre-o também aos outros, torna os homens membros uns dos outros.

"Não somos mais divididos, mas uma coisa somente n'Ele. [...] Quem reconhece Jesus na Hóstia Santa reconhece-o no irmão que sofre, que tem fome e sede, que é forasteiro, nu, doente, encarcerado; e está atento a cada pessoa, compromete-se, de modo concreto, com todos aqueles que estão em necessidade. Do dom de amor de Cristo provém, portanto, a nossa especial responsabilidade de cristãos na construção de uma sociedade solidária, justa, fraterna", afirmou.

Tal missão é urgente de modo especial nesse tempo, em que a globalização torna os homens sempre mais dependentes uns dos outros.

"O Cristianismo pode e deve fazer sim que essa unidade não se construa sem Deus, isto é, sem o verdadeiro Amor, o que daria espaço à confusão, ao individualismo, à opressão de todos contra todos. [...] Sem ilusões, sem utopias ideológicas, nós caminhamos pelas estradas do mundo, levando dentro de nós o Corpo do Senhor, como a Virgem Maria no mistério da Visitação. Com a humildade de saber-nos simples grãos, preservamos a firme certeza de que o amor de Deus, encarnado em Cristo, é mais forte que o mal, a violência e a morte. Sabemos que Deus prepara para todos os homens céus novos e terra nova, em que reinam a paz e a justiça – e na fé entrevemos o mundo novo, que é a nossa verdadeira pátria".

Por fim, o Papa rezou:

"Obrigado, Senhor Jesus! Obrigado pela tua fidelidade, que sustenta a nossa esperança. Permanece conosco, porque já é noite. 'Bom Pastor, verdadeiro Pão, ó Jesus, piedade de nós; nutri-nos, defendei-nos, levai-nos aos bens eternos, na terra dos viventes!'. Amém".

15/06/2011

Encontro Vocacional Filhos de Sant'Ana - RN

Por Ir. Adriano
De Natal-RN









"Jesus nos chama para seguir suas pegadas. Avancem para águas mais profundas."

À luz deste tema, nos reunimos na praia de Tabatinga, para em primeiro lugar refletirmos e fazermos síntese de tudo o que vivemos como grupo durante este primeiro semestre.
O convite que nos foi lançado foi o de avançarmos para "águas mais profundas", tendo como ponto de motivação a possibilidade que tal iniciativa nos convidava, ou seja, os novos caminhos, as novas aberturas que o próprio Senhor apresentava. Com este: "Avancem!" cada jovem se sentiu motivado a dar mais um passo em direção ao ideal que o Senhor do chamado os fazia. Também, como momento de confraternização, fizemos nossa festa junina, a qual não faltou alegria, comidas típicas e um espírito singular de companheirismo. Foram dias que pudemos sentir a providência de Deus nos orientando e guiando. Nos deixando gratos diante de d'Ele.

Vigília de Pentecostes






No dia 11 de junho, celebramos a vigília de pentecostes. Momento precioso de fé, que nos preparou para celebrar com maior intensidade a festa de Pentecostes.

Pe. Magno Jales

Misturinter




No último Sábado, dia 11, aconteceu, em Extremoz, na granja das Sarvas do Imaculado Coração de Maria, a festa junina do misturinter. Estiveram presentes as Filhas e Filhos de Sant'Ana, as Servas e a Toca de Assis. Foi um momento de confraternização e celebração dos festejos juninos, típicos da nossa cucltura nordestina. No momento, as formandas da Toca de Assis, fizeram a sua despedida do misturinter, deixando saudades e a alegria da convivência.

Pe. Magno Jales

12/06/2011

Pentecostes: Nascimentos de novos Cristãos encorajados pelo Espírito Santo

Por Ir. Gilvan Bezerra, FSA
Da Bolívia
Pentecostes é a ação do Espírito Santo na vida dos apóstolos. Por esta maravilhosa experiência eles falaram em línguas estranhas para cantar as maravilhas de Deus. Sentiram-se encorajados a enfrentar o medo para proclamar Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Esse acontecimento não é só histórico, mas atual na vida da Igreja, onde o dom de Deus se manifestou na abertura dos apóstolos para iniciar a missão de sua Igreja e nos dando a conhecer a aliança de amor para com seu povo.
Aqui o Espirito Santo agiu de forma extraordinária, onde os apóstolos não se cotiam de tanta alegria ao receber a ação divina. O que era prisão se tornou liberdade, enchendo seu ser de júbilo que os levou a sair de seu esconderijo para enfrentar o mundo, dando testemunho de sua fé em Cristo. Surgem cristãos valentes, para revolucionar, proclamando a boa notícia, enfrentando a difícil realidade incrédula. É tempo novo para a humanidade, uma nova historia se inicia dando vigor na vida daqueles que abrem a sua ação. Pelo Batismo de fogo, ou seja, em Pentecostes nascem Apóstolos missionários motivados por este mesmo Espírito, que os impulsiona a revelar o Reino de Deus.
Jesus prometeu que enviaria o Paraclito (cf. Jo 16,7), para ser nosso advogado. E Ele está em nosso meio!
Com o Pentecoste se realiza as promessas de Deus na Igreja, surge um novo povo revigorado pela presença do Espirito Santo. É esta unção que nos dá sentido a vida de cristãos e nos faz viver com vivacidade a vida missionaria. Ser ousados a anunciar Jesus com a vida e se sentir parte integrante desta ação misteriosa de salvação.
Que este Pentecoste possa ser em nossa vida um momento forte e que este mesmo Espírito nos faça amar mais nossa Igreja, doando-se, a fazer o Reino de Deus acontecer na caridade, com os olhos voltados na esperança e firmes na fé. Repito, não tenhamos medo, porque não estamos sós.

11/06/2011

Outras tentativas de interpretação da Cruz


“Certamente é mais fácil colocar-se sob uma cruz alheia e já carregada do que carregar a própria cruz, sob os insultos e o desprezo de seu mundo. Pois, ao fazer isso, fica-se belamente dentro da tradição e se ganha o elogio de ser piedoso.” (C.G.Jung. Briefe II, 1946-1955, p.290)

O quarto capítulo do livro proposto a nós irmãos Junioristas para estudo tem como tema “Outras tentativas de interpretação da Cruz”. O autor propõe uma interpretação da cruz a partir de dois teólogos protestantes, Paul Tillich e Jurgen Moltmann e do psicólogo Carl Gustav Jung.

Paul Tillich - Usa o mesmo método da correlação, defendido por Karl Rahner. Este “método explica os conteúdos da fé cristã por meio de perguntas existenciais e respostas teológicas em dependência mútua”. Pela própria ontologia humana existente no ser, percebe-se que existe de certa forma, sempre uma crise existencial humanista no que diz respeito à natureza e essência do homem em meio aos sofrimentos e realidades advindas, quando a razão já não entende, cabe a fé explicá-la. Por isso o termo dependência mutua entre questões existências e teologia. Uma vez que o homem não consegue mais explicar-se a si mesmo vivendo numa grande alienação, Tillich afirma que só a mensagem da redenção pode novamente dar sentido ao que o homem realmente é.

Moltmann - Interpreta a mensagem da cruz, para ele “A divindade de Deus revela-se no paradoxo da cruz”. Na sua teologia não existe mais a necessidade de perguntas existenciais no ser humano, pois a cruz não é a confirmação das mesmas, mas os critica, ela torna-se agora o ponto de partida para qualquer doutrina da redenção. Na teologia da cruz de Moltmann se desvela três significados; o primeiro é A cruz como auge do conflito de Jesus com a Lei, revelando a lei da graça e da liberdade de uma nova justiça em Deus. O segundo é a cruz vista como uma relevância política, pois um revoltoso contra o poder e a violência no estado morre nela; e o terceiro é o significado do grito de Jesus, sentido-se abandonado e portanto é o momento entre Jesus e Deus, o Filho e o Pai, e é justamente ai, que se revela o paradoxo da cruz, é o ponto de partida para a fé. Ela torna-se a esperança dá vitória em meio a todos os sofrimentos. A partir de uma teologia natural (teodiceia), torna-se possível a superação de todos os males, tendo como fonte de certeza a experiência de Jesus. A cruz é a principal arma da libertação que Deus nos dá diante de nossas fraquezas.

Jung – Ver na cruz um caminho de individuação, da autorrealização humana e esse processo se dar através da passagem do Ego, que é o âmago consciente de sua pessoa, para o Self, o centro mais íntimo da pessoa. São vários os significados da cruz para Jung, entre eles:

· Sacrifício – O abandono do Ego em favor do Self , e isso acontece quando o homem abandona-se em Deus;

· Sofrimento – É o portão pelo qual o ser humano precisa passar quando quer se tornar consciente de si mesmo: “Quem quer que se encontre no caminho para integridade não pode escapar daquela estranha suspensão representada pela crucificação.”

É através da imagem da Cruz, que encontramos nossa integridade, nossa completude. Ela é a reconciliação de todos os opostos, ordem no caos de nosso tempo, união do consciente com o inconsciente, do humano com o divino. A Cruz trás para o tempo a relação mais pura dos contrários impossíveis.

Questão: Pq é tão díficl para o ser humano assumir a sua cruz e ao invés ficamos a desejar a cruz alheia?


Ir. Jarbson e Ir. Fábio

06/06/2011

Semana de oração pela unidade dos cristãos


INTRODUÇÃO AO TEMA
PARA O ANO DE 2011
Atos 2,42,47

A Igreja em Jerusalém, ontem, hoje, amanhã

Há dois mil anos, os primeiros discípulos de Cristo reunidos em Jerusalém experimentaram o derramamento do Espírito Santo em Pentecostes e foram reunidos na unidade como corpo de Cristo. Nesse evento, os cristãos de todos os tempos e lugares vêem sua origem como comunidade de fiéis, chamados a proclamar juntos Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Embora aquela iniciante Igreja de Jerusalém experimentasse dificuldades, interna e externamente, seus membros perseveraram na fidelidade e na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. Não é difícil perceber como a situação dos primeiros cristãos na cidade santa reflete a da Igreja em Jerusalém hoje. A comunidade atual experimenta muitas das alegrias e tristezas da Igreja dos primeiros tempos: sua injustiça e desigualdade, e suas divisões, mas também sua fiel perseverança e o reconhecimento de uma unidade mais ampla entre os cristãos.

As Igrejas em Jerusalém hoje nos oferecem uma visão do que significa buscar a unidade, mesmo em meio a grandes problemas. Elas nos mostram que o chamado à unidade pode ser mais do que meras palavras e que, de fato, ele pode nos orientar para um futuro no qual antecipamos e ajudamos a construir a Jerusalém celeste.

É preciso realismo para transformar tal visão em modo concreto de viver. A responsabilidade por nossas divisões é nossa; elas são o resultado de nossas próprias ações. Precisamos mudar nossa oração, pedindo a Deus que nos transforme para que possamos trabalhar ativamente pela unidade. Estamos bastante dispostos a rezar pela unidade, mas isso pode se tornar um substitutivo para a ação que vai fazer com que ela aconteça. Será possível que estejamos sendo, nós mesmos, um bloqueio ao Espírito Santo porque somos obstáculos à unidade, porque nosso orgulho vaidoso é uma barreira à unidade?

Este ano, o chamado à unidade, para as Igrejas do mundo inteiro, vem de Jerusalém, a Igreja mãe. Conscientes de suas próprias divisões e de sua própria necessidade de fazer mais pela unidade do corpo de Cristo, as Igrejas em Jerusalém fazem um apelo a todos cristãos para a redescoberta conjunta dos valores que mantinham unida a comunidade primitiva em Jerusalém, quando os cristãos se uniam no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações. Esse é o desafio que está diante de nós. Os cristãos de Jerusalém convocam seus irmãos e irmãs para fazer desta Semana de Oração uma ocasião de renovar o compromisso de trabalho por um genuíno ecumenismo, enraizado na experiência da Igreja dos primórdios.

Quatro elementos de unidade

As orações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2011 foram preparadas por cristãos em Jerusalém, que escolheram como tema At 2,42: “Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”. Esse tema é um chamado à volta às origens da primeira Igreja em Jerusalém; é um chamado à inspiração e renovação, a uma volta ao essencial da fé; é um chamado a relembrar o tempo em que a Igreja ainda era una. Dentro desse tema, são apresentados quatro elementos que eram marcos da primeira comunidade cristã e que são essenciais à vida da comunidade cristã, onde quer que ela exista.

Primeiramente, temos a palavra que era comunicada pelos apóstolos. Em segundo lugar, a comunhão fraterna (koinonia) era um sinal importante entre os primeiros fiéis sempre que se reuniam. Uma terceira marca da Igreja primitiva era a celebração da Eucaristia (a fração do pão), lembrando a Nova Aliança que Jesus realizou através de seu sofrimento, morte e ressurreição. O quarto aspecto é a atitude constante de oração. Esses quatro elementos são os pilares da vida da Igreja e de sua unidade.

A comunidade cristã na Terra Santa deseja dar proeminência a esses elementos essenciais básicos ao elevar a Deus suas preces pela unidade e vitalidade da Igreja no mundo. Os cristãos de Jerusalém convidam suas irmãs e irmãos do mundo inteiro a se unir a eles em oração enquanto trabalham pela justiça, paz e prosperidade para todos os povos da terra.

Os temas dos oito dias

Há uma caminhada de fé que pode ser detectada nos temas dos oito dias. Desde seus inícios na “sala superior”, a primitiva comunidade cristã experimenta o derramamento do Espírito Santo, que lhe permite crescer na fé e na unidade, na oração e na ação, de modo a tornar-se verdadeiramente uma comunidade da Ressurreição, unida a Cristo em sua vitória sobre tudo que nos divide uns dos outros e nos separa dele. Então a própria Igreja de Jerusalém se torna um farol de esperança, uma degustação antecipada da Jerusalém celeste, chamada a reconciliar não somente nossas Igrejas, mas todos os povos.

Essa caminhada é guiada pelo Espírito Santo, que conduz os primeiros cristãos ao conhecimento da verdade sobre Jesus Cristo e que enche a Igreja primitiva de sinais e prodígios, para a admiração de muitos. À medida que prosseguem na caminhada, os cristãos de Jerusalém se reúnem com devoção para ouvir a Palavra de Deus pregada no ensinamento dos apóstolos, e se juntam em comunhão para celebrar sua fé no sacramento e na oração. Cheia do poder e da esperança que vêm da Ressurreição, a comunidade celebra sua vitória certa sobre o pecado e a morte, e assim tem a coragem e a visão para ser ela própria um instrumento de reconciliação, inspirando e desafiando todos os povos a superar as divisões e injustiças que os oprimem.

O dia 1 apresenta as bases da Igreja mãe de Jerusalém, deixando clara sua continuidade com a Igreja de hoje pelo mundo inteiro. Ele nos relembra a coragem da Igreja primitiva, que bravamente dava testemunho da verdade, assim como hoje necessitamos trabalhar pela justiça em Jerusalém e no resto do mundo.

O dia 2 recorda que a primeira comunidade unida em Pentecostes tinha em seu interior pessoas de origens diversas, assim como a Igreja em Jerusalém hoje representa uma rica diversidade de tradições cristãs. Nosso desafio hoje é conseguir uma unidade visível maior, capaz de acolher nossas diferenças e tradições.

O dia 3 contempla o primeiro elemento essencial de unidade: a Palavra de Deus apresentada através do ensinamento dos apóstolos. A Igreja de Jerusalém nos recorda que, sejam quais forem as nossas divisões, esses ensinamentos nos impelem a nos envolver em amor mútuo e em fidelidade ao corpo único que é a Igreja.

O dia 4 enfatiza a partilha como segunda expressão de unidade. Assim como os primeiros cristãos punham tudo em comum, a Igreja de Jerusalém chama todos os irmãos e irmãs da Igreja a partilhar bens e tarefas, com coração alegre e generoso, para que ninguém passe necessidade.

O dia 5 destaca o terceiro elemento da unidade: a fração do pão, que nos une em esperança. Nossa unidade vai além do momento da Santa Comunhão: ela precisa incluir a atitude correta a respeito da vida ética, da pessoa humana e de toda a comunidade. A Igreja de Jerusalém conclama os cristãos a se unirem na “fração do pão” hoje, porque uma Igreja dividida não pode falar com autoridade sobre temas de justiça e paz.

O dia 6 apresenta o quarto elemento de unidade: com a Igreja em Jerusalém ganhamos força pelo tempo que nos dedicamos à oração. Especificamente, a Oração do Senhor chama todos nós, em Jerusalém e no mundo inteiro, os fracos e os poderosos, a um trabalho conjunto pela justiça, paz e unidade, para que venha a nós o Reino de Deus.

O dia 7 nos leva além dos quatro elementos da unidade, com a Igreja em Jerusalém alegremente proclamando a Ressurreição, mesmo quando ela carrega a dor da cruz. A Ressurreição de Jesus é hoje para os cristãos em Jerusalém a força que lhes permite a permanência constante no seu testemunho, no trabalho para a liberdade e a paz na Cidade da Paz.

O dia 8 conclui a caminhada com um chamado das Igrejas de Jerusalém para um trabalho mais amplo de reconciliação. Mesmo se os cristãos conseguirem unidade entre eles, sua tarefa não estará completa, porque eles precisam se reconciliar com outros. No contexto de Jerusalém, isso significa relacionamento entre palestinos e israelitas; em outras comunidades, os cristãos são desafiados a buscar justiça e reconciliação em seu próprio contexto.

O tema de cada dia foi, portanto, escolhido não apenas para nos recordar a história da Igreja dos primeiros tempos, mas também para nos trazer à mente as experiências de cristãos em Jerusalém hoje, e para convidar todos nós a uma reflexão sobre como podemos trazer essa experiência para a vida de nossas comunidades cristãs em cada local.

Durante esta caminhada de oito dias, os cristãos de Jerusalém nos convidam a proclamar e dar testemunho de que a Unidade – em seu sentido pleno de fidelidade ao ensinamento dos apóstolos e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações – nos dará a possibilidade de, juntos, superarmos o mal, não só em Jerusalém, mas no mundo inteiro.

05/06/2011

A Interpretação da Cruz Em Karl Rahner


Para o teólogo alemão, Karl Rahner, o primeiro teólogo católico moderno, o ser humano é salvo somente em Cristo, de modo, que mesmo aquele que não o conhece, mas, que faz o bem, é salvo por Ele, sendo assim, um cristão anônimo.

Outra preocupação da teologia de Rahner é responder ás perguntas do ser humano hoje. Rahner desenvolveu um conceito chamado transcendental. Ele pergunta pelas condições inerentes ao ser humano que lhe possibilitam entender a mensagem cristã da redenção.

Para Rahner, a salvação do ser humano consiste na entrega ao Deus que se entrega a ele. O ser humano pode superar-se e entregar-se no mistério de Deus somente porque Deus se aproximou dele absolutamente em Jesus Cristo e sua morte na cruz, até porque, também para Rahner o ser humano é o único ser capaz de Deus, ou seja, capaz de procurar o seu criador.

Somos todos reunidos em torno à cruz do Crucificado, seja ao levantarmos os olhos a ele ou ao buscarmos passar pela sua frente sem olhá-lo, seja ao estarmos em um momento de bom humor e satisfeitos (ninguém está proibido de sê-lo) ou assustados até a morte.

Estamos debaixo da cruz como aqueles que são, por sua vez, destinados a morrer, como aqueles que caíram na culpa, como os desiludidos, como aqueles que se tornaram devedores de amor com relação aos outros, como os egoisticamente covardes, como aqueles que sofrem incompreendidos por causa de si mesmos, dos outros e da vida.

Quando nos sentimos bem, protestamos naturalmente contra um pessimismo "piegas" como esse, que presumivelmente gostaria de envenenar a alegria de viver (coisa que não é nada boa). Quando nos sentimos fortes na alma e no corpo, não queremos acreditar que essa força é limitada e que, um dia, nos abandonará. Mas é assim: estamos debaixo da cruz.

Karl Rahner descreve a cruz em três pontos conforme nos mostra o livro, a cruz a imagem do ser humano redimido de Anselm Grun, capitulo três, a saber: a cruz como o lugar da redenção, Deus que desce a humanidade e feito homem nos resgata em Jesus de todos nossos pecados; segundo ponto, a cruz como distintivo da existência cristã, o símbolo por excelência que nos remete a profunda “loucura” de amor; e por último a cruz como o verdadeiro sinal de humanismo, ou seja, um Deus que no alto dos céus ver nossa fragilidade e numa total disponibilidade de solidariedade nos resgata em seu amor, através, de Jesus de Nazaré.

Portanto, vejamos na cruz a via da salvação à via da ressurreição, pois "se a ressurreição de Jesus é a vigência permanente de sua pessoa e sua causa, e se esta pessoa-causa não significa a sobrevivência de um homem e de sua história, mas o triunfo de sua pretensão de ser o mediador absoluto da salvação, então a fé na sua ressurreição constitui um momento inerente dessa ressurreição e não a tomada de consciência de um fato que por sua natureza poderia existir exatamente o mesmo sem ser conhecido. Se a ressurreição de Jesus há de ser a vitória escatológica da graça de Deus no mundo, não é possível concebê-la sem uma fé ativa (ainda que livre) nela, uma fé na qual culmina a própria natureza da ressurreição.

Ir. Tállison e Ir. Juscimar

Para Refletir:

Você concorda que a cruz é sinal de salvação para os cristãos anônimos, ou seja, aqueles que mesmo sem conhecer a Jesus praticam o bem e amor?

Dia mundial das comunicações sociais.


MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 45º DIA MUNDIAL
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital

5 de Junho de 2011

Queridos irmãos e irmãs!

Por ocasião do XLV Dia Mundial das Comunicações Sociais, desejo partilhar algumas reflexões, motivadas por um fenómeno característico do nosso tempo: a difusão da comunicação através da rede internet. Vai-se tornando cada vez mais comum a convicção de que, tal como a revolução industrial produziu uma mudança profunda na sociedade através das novidades inseridas no ciclo de produção e na vida dos trabalhadores, também hoje a profunda transformação operada no campo das comunicações guia o fluxo de grandes mudanças culturais e sociais. As novas tecnologias estão a mudar não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma, podendo-se afirmar que estamos perante uma ampla transformação cultural. Com este modo de difundir informações e conhecimentos, está a nascer uma nova maneira de aprender e pensar, com oportunidades inéditas de estabelecer relações e de construir comunhão.

Aparecem em perspectiva metas até há pouco tempo impensáveis, que nos deixam maravilhados com as possibilidades oferecidas pelos novos meios e, ao mesmo tempo, impõem de modo cada vez mais premente uma reflexão séria acerca do sentido da comunicação na era digital. Isto é particularmente evidente quando nos confrontamos com as extraordinárias potencialidades da rede internet e a complexidade das suas aplicações. Como qualquer outro fruto do engenho humano, as novas tecnologias da comunicação pedem para ser postas ao serviço do bem integral da pessoa e da humanidade inteira. Usadas sabiamente, podem contribuir para satisfazer o desejo de sentido, verdade e unidade que permanece a aspiração mais profunda do ser humano.

No mundo digital, transmitir informações significa com frequência sempre maior inseri-las numa rede social, onde o conhecimento é partilhado no âmbito de intercâmbios pessoais. A distinção clara entre o produtor e o consumidor da informação aparece relativizada, pretendendo a comunicação ser não só uma troca de dados, mas também e cada vez mais uma partilha. Esta dinâmica contribuiu para uma renovada avaliação da comunicação, considerada primariamente como diálogo, intercâmbio, solidariedade e criação de relações positivas. Por outro lado, isto colide com alguns limites típicos da comunicação digital: a parcialidade da interacção, a tendência a comunicar só algumas partes do próprio mundo interior, o risco de cair numa espécie de construção da auto-imagem que pode favorecer o narcisismo.

Sobretudo os jovens estão a viver esta mudança da comunicação, com todas as ansiedades, as contradições e a criatividade própria de quantos se abrem com entusiasmo e curiosidade às novas experiências da vida. O envolvimento cada vez maior no público areópago digital dos chamados social network, leva a estabelecer novas formas de relação interpessoal, influi sobre a percepção de si próprio e por conseguinte, inevitavelmente, coloca a questão não só da justeza do próprio agir, mas também da autenticidade do próprio ser. A presença nestes espaços virtuais pode ser o sinal de uma busca autêntica de encontro pessoal com o outro, se se estiver atento para evitar os seus perigos, como refugiar-se numa espécie de mundo paralelo ou expor-se excessivamente ao mundo virtual. Na busca de partilha, de «amizades», confrontamo-nos com o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artificialmente o próprio «perfil» público.

As novas tecnologias permitem que as pessoas se encontrem para além dos confins do espaço e das próprias culturas, inaugurando deste modo todo um novo mundo de potenciais amizades. Esta é uma grande oportunidade, mas exige também uma maior atenção e uma tomada de consciência quanto aos possíveis riscos. Quem é o meu «próximo» neste novo mundo? Existe o perigo de estar menos presente a quantos encontramos na nossa vida diária? Existe o risco de estarmos mais distraídos, porque a nossa atenção é fragmentada e absorvida por um mundo «diferente» daquele onde vivemos? Temos tempo para reflectir criticamente sobre as nossas opções e alimentar relações humanas que sejam verdadeiramente profundas e duradouras? É importante nunca esquecer que o contacto virtual não pode nem deve substituir o contacto humano directo com as pessoas, em todos os níveis da nossa vida.

Também na era digital, cada um vê-se confrontado com a necessidade de ser pessoa autêntica e reflexiva. Aliás, as dinâmicas próprias dos social network mostram que uma pessoa acaba sempre envolvida naquilo que comunica. Quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais. Segue-se daqui que existe um estilo cristão de presença também no mundo digital: traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro. Comunicar o Evangelho através dos novos midia significa não só inserir conteúdos declaradamente religiosos nas plataformas dos diversos meios, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele. Aliás, também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia. Nos novos contextos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da esperança que está nele (cf. 1 Pd 3, 15).

O compromisso por um testemunho do Evangelho na era digital exige que todos estejam particularmente atentos aos aspectos desta mensagem que possam desafiar algumas das lógicas típicas da web. Antes de tudo, devemos estar cientes de que a verdade que procuramos partilhar não extrai o seu valor da sua «popularidade» ou da quantidade de atenção que lhe é dada. Devemos esforçar-nos mais em dá-la conhecer na sua integridade do que em torná-la aceitável, talvez «mitigando-a». Deve tornar-se alimento quotidiano e não atracção de um momento. A verdade do Evangelho não é algo que possa ser objecto de consumo ou de fruição superficial, mas dom que requer uma resposta livre. Mesmo se proclamada no espaço virtual da rede, aquela sempre exige ser encarnada no mundo real e dirigida aos rostos concretos dos irmãos e irmãs com quem partilhamos a vida diária. Por isso permanecem fundamentais as relações humanas directas na transmissão da fé!

Em todo o caso, quero convidar os cristãos a unirem-se confiadamente e com criatividade consciente e responsável na rede de relações que a era digital tornou possível; e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente, mas porque esta rede tornou-se parte integrante da vida humana. A web está a contribuir para o desenvolvimento de formas novas e mais complexas de consciência intelectual e espiritual, de certeza compartilhada. Somos chamados a anunciar, neste campo também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição (cf. Ef 1, 10). A proclamação do Evangelho requer uma forma respeitosa e discreta de comunicação, que estimula o coração e move a consciência; uma forma que recorda o estilo de Jesus ressuscitado quando Se fez companheiro no caminho dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35), que foram gradualmente conduzidos à compreensão do mistério mediante a sua companhia, o diálogo com eles, o fazer vir ao de cima com delicadeza o que havia no coração deles.

Em última análise, a verdade que é Cristo constitui a resposta plena e autêntica àquele desejo humano de relação, comunhão e sentido que sobressai inclusivamente na participação maciça nos vários social network. Os crentes, testemunhando as suas convicções mais profundas, prestam uma preciosa contribuição para que a web não se torne um instrumento que reduza as pessoas a categorias, que procure manipulá-las emotivamente ou que permita aos poderosos monopolizar a opinião alheia. Pelo contrário, os crentes encorajam todos a manterem vivas as eternas questões do homem, que testemunham o seu desejo de transcendência e o anseio por formas de vida autêntica, digna de ser vivida. Precisamente esta tensão espiritual própria do ser humano é que está por detrás da nossa sede de verdade e comunhão e nos estimula a comunicar com integridade e honestidade.

Convido sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua presença no areópago digital. Renovo-lhes o convite para o encontro comigo na próxima Jornada Mundial da Juventude em Madrid, cuja preparação muito deve às vantagens das novas tecnologias. Para os agentes da comunicação, invoco de Deus, por intercessão do Patrono São Francisco de Sales, a capacidade de sempre desempenharem o seu trabalho com grande consciência e escrupulosa profissionalidade, enquanto a todos envio a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, Festa de São Francisco de Sales, 24 de Janeiro de 2011.

BENEDICTUS PP. XVI

03/06/2011

Misturinter





no período de 28 a 29 de maio, aconteceu, na casa dos Filhos de Sant'Ana, em Natal, o encontro intercongregacional de formandos, o Misturinter. Com o tema: Vida fraterna em comunidade. Assessorado pelo Frei Franklin, Capuchinho.
Estiveram presentes no encontro: Os Filhos e Filhas de Sant'Ana, As Servas do Imaculado Coração de Maria, Filhas do Amor Divino, Vicentino e Toca de Assis.

Pe. Magno Jales